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O que me resta

  • Ligia Rebelato
  • 9 de ago. de 2017
  • 1 min de leitura

Atualizado: 1 de fev. de 2022

Não ganhei Pipa, não fiz residência em Bogotá, não vivo entre Rio e Berlim, nem sou radicada em Londres.

Não tenho portfólio com individuais e coletivas, nem sou representada por uma renomada galeria.

Não trabalho com processos investigativos da matéria, nem com os limites do meu próprio corpo como matéria poética.

Não falo sobre a objetificação da mulher, a estereotipação do negro, nem sobre a branquitude elitista.

O que me resta? Liberdade para ser artista.

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